Trazendo para todos vocês, o Capítulo 1 do Volume 2 de Sypher! The treta is evolving!!
Nesse capítulo serão introduzidos termos e personagens novos, além de, é claro, um suspensezinho...
O capítulo a seguir é o primeiro capítulo do Volume 2!! Para ler o 1º volume, clique aqui
O capítulo a seguir é o primeiro capítulo do Volume 2!! Para ler o 1º volume, clique aqui
Boa leitura
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Origens:
Parte
1:
Nada
mais faz sentido.
O
que a Rydia quis dizer com aquilo? Nunca acreditou em mim?
Merda,
eu sei que não devia ter desviado o caminho, mas eu não podia
deixar a Rose de lado, afinal eu fiz uma promessa à mim mesmo.
“Sypher,
você está bem?”
Rose
perguntou. Seus olhos pareciam tristes, como se ela não soubesse
para onde ir, como se ela achasse que logo seria seu fim. Tentando
passar uma certa segurança, a respondi:
“Não
se preocupe, Rose, ninguém vai te expulsar daqui ou algo do tipo.”
“Espero
que sim...” – Ela respondeu enquanto mordia os lábios,
frustrada.
Estávamos
indo em direção ao aeroporto – de verdade. As ruas continuavam
calmas desde que acordei, e isso é muito estranho, sério. É
possível pensar em mil coisas diferentes, e a que mais me intriga é:
onde todos foram parar? Parando para pensar, a última vez que vi
pessoas na rua foi ontem a noite enquanto eu e Rydia procurávamos
por abrigo.
“Rose,
você têm alguma ideia do que aconteceu com todo mundo? Tipo, onde
foi parar todo mundo.”
“E-eu...
não quero falar sobre isso...”
Epa!
Tem algo muito errado nessa frase.
“Uma
hora você terá que falar, e eu gostaria que fosse agora.”
Assim
que terminei a frase, lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos.
“O-os
anjos... eles mataram quase todos, e os que sobraram ou foram levados
pelos anjos, ou...”
“Exterminados
pelos demônios?”
Lágrimas
continuavam a escorrer de seus olhos, e mais nenhuma palavra era
pronunciada. Rose encostou a cabeça no meu ombro e continuou assim
até o fim da viagem.
“Ahem!
Sypher, esse era pra ser o aeroporto?”
Beleza!
Finalmente chegamos nessa m-!
“Eu
não acredito...!”
O
nosso meio de saída desse lugar... ele não existia mais. O
aeroporto havia sido reduzido a basicamente cinzas e escombros.
Antoniette
deu um passo à frente, e em seguida olhou pra mim.
“Acho
que o seu plano mirabolante não funcionou. Pensando melhor, quais
eram as chances de o aeroporto estar intacto? Além disso, mesmo se
estivesse, provavelmente não teria nenhum avião sobrando, isso é
um fato.”
Merda,
ela tá totalmente certa. O que diabos eu estava pensando quando
propus isso? Merda, merda, merda!
“Hã...
pessoal. Creio que temos um probleminha, hehe...” – comunicou
Vitrus.
Havia
uma mulher sentada em uma pedra bem na frente do que era o aeroporto.
Eu não teria ficado com tanto medo se ela fosse uma mulher comum,
mas bastava apenas olhar para ela que já era possível perceber a
sua verdadeira natureza.
“Um
demônio!” – disse Rydia enquanto sacava a Katana. – “Não se
distraiam!”
A
atmosfera ficou pesada. Uma pressão enorme vinha daquela mulher,
aparentemente nada amigável. Entretanto, não acho que ela irá nos
atacar, pois se ela quisesse, já teria feito. A mulher levantou-se e
seguiu em nossa direção.
“Nem
mais um passo! Eu tô avisando!”
Antoniette
apontou a arma em direção à mulher que caminhava até nós. Por
incrível que possa parecer, a mulher parou.
A
mulher tinha cabelos negros, amarrados estilo rabo de cavalo. Seu
rosto transpirava confiança e arrogância, mas o que mais se
destacava nela, era a falta de um de seus olhos. Assim que cessou seu
passo, começou a falar:
“Vocês
podem relaxar, ou vocês acham que se eu quisesse matá-los eu já
não teria o feito?”
“Parece
que você leu minha mente.” – comentei.
Ela
sorriu e disse:
“Deve
ser porque você é meu filho.”
-?!
O
que ela acabou de dizer?
“Do
que você está falando?! Pare de falar coisas ridículas como esta!”
Dessa
vez quem se pronunciou foi a Rydia. Era possível ver a raiva
crescendo em seu olhar.
“Bem,
deixa eu reformular a minha frase. Não é exatamente o você atual
que é meu filho, e sim este aqui-!”
Num
piscar de olhos, ela apareceu na minha frente! Senti uma dor profunda
bem no meio do meu abdômen– a mão da mulher me perfurou.
“Não
se preocupe, filho, logo você estará bem.”
A
minha mente está se esvaindo... eu não acredito que vivi tão
pouco, e morri de uma forma tão ridícula.
Parte
2:
“Kyaaaah!!”
– Rose gritou, desesperada.
O
que diabos está acontecendo? Por que? Por que ela fez isso com o
Sypher?! Assim que ela o perfurou, Vitrus correu em direção à
mulher, preparando-se para atacá-la.
“MALDITA!
LARGA O SYPHER!”
Sem
nem olhar para Vitrus, a mulher demônio o socou, fazendo-o voar até
encontrar-se com uma parede! Isso é surreal, é impossível...
“Filha
da puta! O que você fez com o meu irmão!”
Antoniete
começou a atirar como se não houvesse mais escapatória– e não
havia. As balas perfuravam a demônio, mas aquilo parecia não a
ferir. Até que de repente, algo simplesmente atingiu Antoniette–
uma de suas balas.
Enquanto
todos eram dizimados, eu só conseguia permanecer parada, com uma
katana na mão, porém indefesa. Então esse é o verdadeiro terror.
A
mulher retirou o braço de dentro do Sypher. Em seguida, o cadáver
começou a se quebrar, como se fosse uma pedra, até que por fim,
virou pó.
“Sy...
está morto...?”
Não!
E como fica aquele papo de vamos sobreviver juntos?! E todo aquele
discurso? Vai simplesmente me deixar aqui? Maldito!! A mulher sorriu,
e disse:
“Logo,
você será um novo ser, filho!”
“Do
que você tá falando? Como assim um novo ser?”
Essas
eram as únicas coisas que vinham na minha mente. A demônio
respondeu:
“Vocês
'humanos' não tem ideia do que significa a repovoação, não é?
Por que vocês acham que Deus quer vê-los mortos? Pense um pouco...”
Por
que ele nos quer mortos... ?
Rose
respondeu, gaguejando:
“E-ele
deve ter um... é... uma preocupação. Talvez sejamos mais do que
apenas seres humanos... ele... nos teme... de alguma f-forma...”
A
mulher demônio sorriu, apontou o dedo para Rose, e fez um gesto como
se estivesse atirando com uma arma.
“Bingo!
Acertou em cheio, mocinha. Ele os teme, pois vocês, humanos, também
são Anjos.”
Quanto
mais ela fala, mais bizarra a situação fica! Ela está nos dizendo
que somos anjos? Isso não faz nenhum sentido, afinal por que Deus
atacaria seus próprios anjos? Droga, já cansei de tantas perguntas
sem respostas.
“Eu já não aguento mais! Pare de falar baboseiras e me mate logo,
eu sei que é isso que você veio fazer.” gritei, furiosa,
frustrada, e– com medo.
“Não é baboseira, minha querida. Tudo o que eu disse é verdade,
bem, quase tudo.”
Rose, que mantinha-se paralisada logo atrás de mim, deu um passo a
frente. Era possível sentir o medo em seus olhos, mas aparentemente
a curiosidade era muito mais forte.
“E-então...! Nos diga o que realmente s-somos... Você disse que
somos anjos, mas...”
“...mas Deus está atacando vocês, certo? Irei dar uma resposta
bem simples e fácil de entender: Punição.”
Punição? Por que até na vida real os vilões têm de serem
enigmáticos?! Apenas revele tudo o que sabe de uma vez!
Enquanto eu batia a cabeça tentando achar uma resposta, Rose parecia
ter entendido tudo. Droga! Estudei os ensinamentos da Bíblia durante
toda minha vida, e mesmo assim não consigo entender nada sobre ela?
Rose chegou à conclusão que eu deveria ter chegado há muito.
“Nós, humanos, somos todos anjos traidores...?”
E mais uma vez, o movimento de disparo.
“Ding, ding, ding! Bingo! Você é boa, mocinha. Agora vem mais uma
pergunta: quem são os anjos traidores e rebeldes da Bíblia?”
-!
É claro! São os anjos caídos! Nós somos os anjos caídos, e é
por isso que estamos presos ao mundo comum! Mas ainda assim, não faz
sentido estarmos presos no mundo comum, já que, os anjos traidores
seguiram Lúcifer para o Inferno. Resolvi perguntar:
“Se somos realmente anjos caídos, por que ficamos na Terra, e não
no Submundo?”
“Eu passaria horas e horas para explicar isso, porém não tenho
paciência pra isso. Pode-se dizer que uma porção dos anjos
rebeldes tiveram um conflito de interesses com Lúcifer, resultando
em uma espécie de divisão entre os anjos caídos. Ou seja, temos os
anjos caídos de Lúcifer, e os anjos caídos da Terra. Enquanto que
Lúcifer almejava poder absoluto, e a submissão de Deus, os anjos
caídos da Terra queriam ter sua própria vida, sem ter o controle de
Deus nas suas ações.”
“Mas isso não explica o fato de nós não termos poderes.”
Exatamente, não faz sentido. Se somos seres que vieram dos céus,
onde estão nossos poderes? É impossível que sejamos indefesos.
Espera um pouco! Eu não posso acreditar no que ela diz! Mas...
parece tão... convincente. Tudo se encaixa, como se o quebra-cabeça
fosse se completando.
“Ninguém falou que vocês não tem poderes. A verdade é que vocês
não sabem usá-los, apenas isso. Além disso, como já se passaram
muitas gerações, apenas alguns possuem um poder relevante dentro de
si. Para falar bem a verdade, desde os tempos remotos, quando os
primeiros anjos caídos povoaram a Terra, existiam apenas dois
humanos reais.”
“Adão e Eva.” – completei.
“Exatamente. Adão e Eva viviam no Éden, mas após terem pecado,
foram expulsos, e mandados para cá, o lugar em que teoricamente se
tornaria o lar da raça humana.”
“Porém os anjos caídos vieram, certo?” – perguntei à ela.
“Correto. Lúcifer teve desentendimentos com Samyaza. O último
convenceu todos os 200 anjos caídos à tomar a Terra para si,
enquanto Lúcifer criou o Submundo e deu origem aos Demônios. Os
Anjos Caídos usaram Eva até ela gerar filhos. E as filhas de Eva
foram usadas para gerar mais filhos. E foi a partir dessa procriação
que vocês, os Nefilins, nasceram.”
Apenas mais confusão era introduzida na minha cabeça. Todas as
palavras que saíam da boca pareciam ser espinhos que perfuravam
minha mente e implantavam ideias bizarras e surreais sobre o mundo em
que vivi. Tornei a perguntar:
“Então quer dizer que, nossos poderes são quase inexistentes
devido à miscigenação?”
A demônio sorriu novamente, e balançou o dedo indicador num sinal
de negação.
“Não, não, os seus poderes estão aí, mas devido à
miscigenação, e às inúmeras gerações, eles estão extremamente
escondidos, em um estado de dormência.”
Isso faz muito sentido, claro, se considerar que o que ela está
falando seja verdade. Já que o Apocalipse está acontecendo, e Deus
não é como eu sempre acreditei, creio que o que ela diz seja
verdade, mas...
“O papo está legal e tudo mais, porém tenho que terminar o que
comecei.” – disse a mulher demônio.
Segurei a katana com ambas as mãos, pronta para um ataque, mesmo
sabendo que provavelmente seria em vão. Não tenho força, nem
velocidade suficiente para contra-atacar. O que eu faço? Merda.
E exatamente igual à instantes atrás, a mulher demônio desapareceu
do meu campo de visão em um piscar de olhos, reaparecendo na frente
da Rose.
Lágrimas tomaram conta dos olhos de Rose.
“Por favor n-n-não me mate!”
A demônio, por sua vez, colocou o dedo indicador por baixo do queixo
de Rose, enquanto falava.
“Não se preocupe, querida. Você só vai sentir uma
'picadinha'...”
Após essas palavras, sua mão penetrou o peito de Rose, que em
seguida caiu no chão, sangue jorrava do buraco recém criado.
Eu já não tinha mais forças para resistir. Meus braços ficaram
dormentes, minha katana era pesada demais para carregar. Minhas
pernas já não aguentavam meu peso, caí de joelhos. Nem mesmo o
controle das minhas lágrimas eu tinha. Entretanto, naquele momento,
eu tive a impressão de que eu a conhecia.
“Yuzuko...?” – murmurei.
“Até mais, Agrat bat Mahlat.”
A dor intensa sumiu em poucos
instantes, junto a minha consciência.
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